O racismo – Vá, já chega

ATENÇÃO: Não vou ser mais um a escrever sobre o racismo. Já se abordou tudo e mais alguma coisa sobre isso e já chega. Daqui a nada o Marega já está branco de se falar nisso e o André Ventura preto de tanta coisa que lhe chamaram. Existe racismo e sempre vai existir. Já chega. É como porcas. Por melhores mulheres que conheçamos, haverão sempre porcas. E AINDA BEM! Mas vá, já chega.

A verdade é que ainda não se detectou uma coisa, bastante simples até: nós é que alimentamos o racismo. É provocado por nós, pessoas com a noção do que fazem, animais conscientemente pensantes. Não interessa a cor da pele, somos racistas. Basta ter pele. Se fosse um animal, caga nisso. Ninguém vai discriminar um Labrador só porque é branco ou preto. A ser racista, não devíamos ser nós. Deviam ser os animais, que apenas pensam instintivamente. Nós sabemos o que andamos a fazer. Um animal não.

Em vez de um branco e um preto se discriminarem entre si, gostava de ver uma iguana a dar escáfia a uma osga por não ter a cor nem o tamanho dela e a osga acusá-la de bullying. Que elas é que não sabem o que fazem. Aliás, é só ver aquela tromba de panhonha.

Mas o racismo também não há em todas as situações. Não é por alguém falar mal a alguém, que tem outra cor de pele, que é racista. A pessoa pode ser mal-educada com toda a gente, que acontece, ou até não saber atender o público. A famosa: “Quer chá preto?”, se for dita a um preto é mau e deve-se logo levar para o racismo? Isto é um extremo idiota e há quem o defenda. Então mas a merda do chá não é preta? Se um gajo servir um marciano  e lhe disser: “Queres chá verde?”, ele deve levar a mal? Eu conheço uma mulher que se chama Camomila. Se disser a alguém: “Queres chá de Camomila?”, estou a vender mijo dela? Isto é a mesma coisa de um gajo atender um homem jeitoso, que lhe diz que a comida está ensonsa. Quê, se lhe perguntar: “Queres sal grosso?” já é homossexual? Isto é só estúpido.

Eu acho é que, enquanto se chamar racista, não é grave. O pior é quando se começar a chamar raceiro, porque tudo o que acaba em eiro é ofensivo. Gay é tranquilo mas paneleiro já não. Um gajo que fala alto e só diz palavrões é um taberneiro. Um gajo que só pensa em mulheres é um putanheiro. Uma porca espalha-brasas é uma peixeira. Já agora, um aparte: porcas, nunca acabem, por favor. Enquanto for racista é tranquilo.

O racismo é daquelas coisas em que ninguém se põe a jeito. Há e pronto. Quando era comissário de bordo, na Nigéria, disseram-me, de forma pejorativa: “What do you want, white boy?” E eu disse que estava a fazer o meu trabalho e caguei nele. E eu sou das pessoas que lutam pelos seus direitos. Mas o racismo é das coisas contra as quais nunca se vai conseguir lutar.

Acabei por ser recompensado dias depois, quando conheci uma mulher nigeriana, nessa operação, que viu o meu bajolo e me disse que a história dos maiores serem os dos pretos é mito. TSBUUUUUUM, EU NÃO TENHO UM MINOTAURO, QUE NÃO EXISTE. TENHO MESMO UM ADAMASTOR. Ah espera, esse também não existe. TENHO UM ALFA ROMEO. Ah espera, esse também é Mito. PRONTO, TENHO ORGULHO NO MEU LÓLÓ. E olhem que a minha mãe ainda hoje me conta que fiquei entalado quando nasci. Agora pensem como.

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