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Showing posts from June, 2019
A esquadra de Carnide e as baratas assassinas Passei ao pé da esquadra da PSP de Carnide e lembrei-me daquela notícia bizarra, aqui há uns tempos, de que a esquadra fechou imenso tempo devido a uma praga de baratas. Isto faz todo o sentido, há que fazer uma triagem: ladrões e mauzões? Isso é na peida. AGORA BARATAS É QUE É PERIGOSO. Parece que já estou a ver o agente Antunes a chegar à esquadra com o Quim Manhoso e o Mãozinhas, algemados: Chefe - Diga lá Antunes, o que se passa aqui? Antunes - Chefe, estes são os chefes da quadrilha que roubava e matava aqui no bairro. C - Hum... leve-os a dar uma volta ao Colombo. A - Mas Chefe... eles são mauzões. C - Ó Antunes, mas estes são alguma ameaça para alguém? Epá, leve-os daqui e vá dar uma volta com eles para eles se arrependem. Olhe, compre-lhes um gelado. A - Mas... eles roubaram e mat... C - Antunes, não discuta! Leve-os daqui antes que eu lhe part... PESSOAL HÁ BARATINHAS POR TODO O LADO! OLHA AJANTENAS! EPÁ QUE NOJO, ISTO É UM PER
Os que se metem na nossa condução E aqueles gajos, no lugar do pendura,que se estão sempre a meter na nossa condução? Estamos parados no semáforo, tranquilamente, o carro está em silêncio, fica verde e o gajo ao lado: "Tá verde." Pois, eu sei que está verde. Por isso é que sou eu que estou a conduzir.  Quando estamos a entrar na auto-estrada. Olhamos para o lado, a ver se podemos entrar, e o gajo ao lado volta a atacar: "Podes ir." EU SEI QUE POSSO IR. PORQUE SOU EU QUE ESTOU A CONDUZIR. Eu não me chego ao pé deste gajo quando ele está a cagar: "Agora é o papel", a estender-lhe o papel higiénico. Eu não vou para o lado da cama dele quando ele está a pinar: "Agarra-lhe a perna, que ela está torta e quase a cair da cama. Isso, põe-lhe agora um dedo ali." Até dá é vontade de fazer isso e de ainda dizer: "Põe-lhe um dedo ali que ela gosta. Faz isso, eu sei." "Sabes?! Mas sabes como?!" "Então, eu já lhe fiz i
O brasileiro de David Carreira Acerca desta polémica toda à volta do David Carreira. Ora bem, eu sou nacionalista e defensor da ideia de sermos fiéis à nossa língua nativa, ainda por cima a língua falada no Brasil, que é até a nossa língua. Ou seja, posto isto, e o miúdo sendo português, podia perfeitamente falar em português. Reparem que não disse falar como falamos em Portugal porque aí já é dúbio. Com o que se fala brasileiro no nosso país, isso poderia causar confusão. Mas também não é o fim do mundo em cuecas o David Carreira ter falado em brasileiro num programa do Brasil. O rapaz até quis ser agradável. Não percebi foi por que raio é que ele disse que esteve três semanas a aprender o sotaque brasileiro para falar ali. Quê, não sabia dizer "não percebi" em brasileiro? Nem os brasileiros sabem! Sim, que eles quando não percebem, dizem: "Oi?" Quando estou a falar com um brasileiro, sinto-me uma cabine telefónica humana, desprovida do lado, lá está, huma
A rivalidade do futebol... onde não tem que haver trolha No sábado passado, decorreu uma das finais da Liga dos Campeões mais emotivas. Talvez por terem sido duas equipas inglesas, que vivem o fenómeno do futebol de outra forma, sentiu-se um altíssimo índice de emoção, dentro e fora de campo. Claro que cá também vibramos com as rivalidades, os golos e os títulos dos nossos clubes. E muitos também choram, se embebedam à grande e também sabem ver e comentar bola. Mas não é disso que eu estou a falar. Estou a falar na resistência à noção do conflito quando há rivalidades. Eles são brutos, são pois. Os ingleses são completamente apanhados do clima quando vêm a bola mas têm uma coisa que ainda não existe bem aqui - respeitam-se muito no futebol. Não partem do princípio em que, se és do clube rival, é para ter ódio. Não, eles querem é ver a bola enquanto malham pints em barda, esperando com todas as forças que o seu clube ganha. Se não ganha, cantam na mesma e não é por isso que vão c
O carteiro da minha rua e o aumento da auto-estima Eu valorizo o carteiro da minha rua. O homem passa pela rua sempre às 10:30. É incrível. Eu já nem tenho que olhar para o relógio. Às vezes estou na varanda a apanhar sol e, quando vejo o homem a aparecer, já sei logo que tinha que ir tomar o pequeno-almoço. Nem tenho que sentir fome.  E como ele trabalha para os Correios, ainda mais valorização eu dou ao homem. Porque os Correios são um local onde os homens podem levantar a sua auto-estima. Se algum de vocês estiver com a moral ou a auto-estima em baixo, por pensar que o vosso pirilau é pequeno, não desanimem. Vão aos Correios, sigam o plano que eu vos vou delinear e ficam logo com a auto-estima em alta. Os Correios vão valorizar o vosso pirilau.  O plano é bastante simples: vão ao guichet onde está uma mulher a atender. Mostram uma carta registada e dizem que a querem enviar. Aquilo custa uns 80 cêntimos mas vocês pagam com uma nota de 100 euros. A mulher vai, inevitave
As mortes dos famosos “Só porque morreu um jogador de futebol conhecido, dá-se mais importância. O meu vizinho foi das melhores pessoas que existiu, mudou a vida de muita gente, salvou a de mais gente ainda e, quando morreu, não houve transmissões na televisão nem homenagem pelo Governo.”  Estas palavras de uma mulher, numa paragem de autocarro, a respeito da morte de Reyes, jogador que ontem morreu de manhã, representam uma ambiguidade bastante interessante.  A bem da verdade, sim, pessoas morrem  todos os dias e há, de facto, uma atenção desmedida a alguém famoso que perde a vida. No entanto, apesar disto parecer um pouco feio, é altamente natural. Sim, parece que esta questão remete para uma espécie de falta de respeito pelas outras pessoas que morrem, e que, por não serem conhecidas, não têm toda essa atenção, não é? Mas este ponto de vista, mesmo sendo justo pela sua simplicidade, acaba por não ser assim tão coerente. Claro que é verdade que há pessoas que fizeram coisas f