A prática infalível do "tens um macaco no nariz"

E quando estamos a falar com alguém e essa pessoa tem alguma coisa nos dentes? Um gajo fica ali, discretamente, a fazer gestos com a língua dentro da boca, como se estivesse a limpar os dentes com ela, para a pessoa perceber... ou seja, passamos por atrasados mentais, porque a outra pessoa fica a pensar: "Mas o que é que este gajo está a fazer...? Que gajo estranho..." E É ELE QUEM TEM COMIDA ENTRE OS DENTES.
É como quando a outra pessoa tem um macaco na ponta do nariz. Ficamos ali a esfregar o nariz, de modo a que a pessoa o faça também. E depois a pessoa fá-lo também e o macaco já se espalhou para as bochechas... mais vale dizermos logo: "Epá, tens um macaco na ponta do nariz!"
É que parte logo o gelo todo e não há necessidade de andarmos a fazer mímicas subtis para a outra pessoa não entender nada. Não é por eu gostar de sushi que vou andar a cheirar o cú aos peixes. Não é por eu gostar de cerveja que vou andar a esfregar-me em barris. Não é por eu gostar da copos de plástico que me vou andar a roçar na Lili Caneças. 
Olhem peidarem-se numa entrevista de trabalho? Fica ali aquele mau ambiente, com a pessoa que vos está a entrevistar a pensar: 
"Então mas este gajo quer trabalho e manda bufas na entrevista...!?"
E nós: "Merda... acho que ele percebeu. Vou mas é desanuviar para quebrar o gelo." E o que é que devemos fazer? Gritar: "AH AH, TEM UM MACACO NA PONTA DO NARIZ!"
A outra pessoa vai ficar tão pequena que vos dá o trabalho a brincar. Acreditem. Experiência própria. Quer dizer... eu nunca me peidei em entrevistas de emprego. O meu primo do Bangladesh é que já o fez e me contou. É verdade, eu tenho família em África.

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