Polícia, o ser imutável

Eu acho que os polícias nunca despem a personagem. Faça chuva ou faça sol, indo para nos multar ou apenas para nos dar indicações, eles têm sempre aquela expressão séria, como quem diz: "Hoje pisei cocó mal saí de casa e é bom que não me apareça nenhum cão à frente".


A minha questão é: será que eles mantêm essa postura em casa? Eu acho que um polícia chega a casa e continua vigilante ao que a mulher e os filhos fazem para manter a ordem caseira.

O filho passa a correr à frente dele, pelo corredor fora, a brincar e ele: "Excesso de velocidade... olha-me este. Vai já de con*".

"Oh filho, encosta aí na entrada da casa-de-banho."
"Sim! Diz, pai."
"Meu menino, ias um bocadinho depressa, não ias?"
"Han?"
"Sabes que cá em casa tem que se andar devagarinho, não sabes?"
"O quê, pai? Sou eu, o teu filho mais novo!"
E o gajo começa logo a escrever no bloco: "Ora, abuso de confiança... pois é filho, isto dá para duas semanas sem semanada."

A filha pergunta: "Oh mãe, viste a minha camisola encarnada?"
"Então filha, passaste por ela agora no sofá da sala"
"Ora passou um vermelho... oh menina, passou um vermelho, não sei se reparou."
"Epá ó pai, vai-te lixar e vem mas é apagar-me a luz do quarto, senão peço à mãe”
"Ora tráfico de influências e desvio de honestidade..."
“Pai, dás-me dinheiro para ir ao cinema amanhã? Gastei o meu dinheiro todo hoje na escola.”
"Ora desvio de capitais... e como correu o teu teste de hoje?"
“Tive 17 na escola, mas... copiei…!"
"Ora falsificação de documentos"

O polícia está na cama com a mulher e ela põe-lhe um dedo no cu. Ele sai de cima dela e escreve no bloco:

"Ora bem, invasão de privacidade..."

E por aí fora. Dava tudo para ir passar um dia a casa de um bóf, ai polícia.

Comments

Popular posts from this blog