Os pares de mamas

Em primeiro lugar, quero chamar à atenção para o facto de, indo falar de mamas, não pensem que é feio eu escrever "mamas" logo assim. É mesmo esse o termo científico. Não há cá seios, nem peitos nem nada dessas coisas. Isso são termos tão politicamente como desnecessariamente correctos. "Mama" é a palavra. "Maminhas" também é fofinho.

Eu gosto francamente de maminhas. Mas acho que é escusado fazer-lhes referência tantas vezes. Já repararam que, quando dois gajos estão a ver uma mulher com uma bela prateleira, dizem sempre: "Epá, granda par de mamas!" E é aqui que eu estou a tentar chegar: para quê dizer "de mamas"? Então mas o par seria de quê? De dados? Claro que é um par de mamas. Ou se diz: "Granda par" ou simplesmente: "Grandas mamas." Simplicidade, meus caros. Isso chega.

Que é a mesma coisa de, quando esses mesmos dois gajos estão a olhar para uma moça jeitosa, e há sempre um que pergunta: "Estás a ver aquilo?" O que é que o gajo está à espera que o outro lhe responda?: "Não, estou a ver aquele prédio em construção lá atrás. Estava a imaginar no que daria. Estou a olhar para onde estás a olhar e não estou a ver aquilo."

E depois dizem que os homens são básicos em relação às mamas. Não somos. Mas a questão das mamas é interessante. Porque vêm duas. É só por isto que é interessante. Não tenho mais nada a dizer em relação a isto. Mamas é bom e ainda por cima existem a dobrar. Isto basta para ser interessante. Vêm, não somos nada básicos.

As mamas fazem muita diferença como argumento. Estranhem sempre quando ouvirem um amigo a dizer: "Epá, conheci uma mulher espectacular! É linda, tem um jeito diferente e um sorriso que valha-me Deus..." Estranhem porque não é isso que ele quer dizer. Para tirar a limpo, perguntem: "A sério, o que é que mais gostaste nela?" Ele vai-se descair e dizer: "Ok, das mamas. Tinha um grande par."


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